Assírios: guerreiros e cruéis com os vencidos.
A crueldade era sua arma principal. Para demarcar seu território recém-conquistado, possuíam um sistema bem característico: empalavam os guerreiros inimigos com lanças, introduzidas pelo ânus até saírem pela boca, e os fincavam no chão. Era como uma cerca de corpos. Também criavam métodos para "alertar" inimigos, como cortar mãos, orelhas ou furar olhos de mensageiros, ou súditos de reis inimigos. Costumavam até enterrar vivos seus prisioneiros.
Outro sistema usado pelos assírios se mostrou eficiente para evitar rebeliões. Todas as pessoas dos povos conquistados eram espalhados pelas cidades, de forma a não manterem contato entre si. Esse modelo foi copiado por outros povos mais tarde.
Devido a tudo isso, histórias e lendas sobre a crueldade dos assírios se espalharam pelos arredores, aumentando ainda mais sua fama.
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Os assírios eram povos semitas que viviam ao norte da Mesopotâmia na região dos rios Tigre e Eufrates. O império assírio foi formado após a queda do império acadiano. Ficaram conhecidos por integrarem uma sociedade guerreira, cruel e implacável.
Sua tecnologia militar foi destacada pelo uso do ferro, cobre e estanho para entalhar armas. No auge do poder, controlavam o Chipre, o Egito, a Mesopotâmia e a região hoje ocupada pelo Estado de Israel.
A “Assíria era uma nação pequena, sem fronteiras naturais, e exposta a todos os perigos exteriores, mas adquiriu no decorrer de longa história, o gosto pela guerra, da qual acabou por fazer sua indústria nacional” (Modesto Marques, História Antiga p. 70).
Um dos reis mais cruéis da Assíria, que se destacou por grande habilidade como administrador, foi “Assurbanipal II (833-859). Ele era visto como um guerreiro cruel, que se gloriava com o massacre de milhares de inimigos. Quando a cidade de Bit Halupe se revoltou, ele liquidou com a rebelião numa demonstração típica da crueldade assíria. Ele esfolou os rebeldes principais e cobriu a cidade com as suas peles, encerrou a outros dentro da torre, e a outros espetou em postes sobre a torre” (S.D.A.B.C. vol.2, p.64).
Outro assírio cruel foi o Imperador Tiglathpileser I (1116-1078 AC), quando o exército assírio estava no seu auge, ele tornou o seu exército numa máquina de guerra que não conhecia piedade. Ele voltou-se contra Mushki, na Ásia Menor, e ao retornar deixou escrito o seguinte: “o sangue do inimigo sacrificado corria como as correntes dos vales, e suas cabeças rolavam nas cidades como milho nos montes” (Modesto Marques, História antiga p.77).
Evidências arqueológicas apontam que os assírios surgiram no fim do terceiro milênio III a.C.. Além da habilidade bélica, ficaram também conhecidos pela arquitetura integrada por edifícios imponentes destacados nas cidades de Assúr, Nínive e Nimrud.
Travavam relações comerciais com os hititas, que atualmente vivem na Turquia, já no século XIX a.C.. A atividade comercial é intensificada entre os séculos XIX e XVIII a.C., quando adotam o sistema babilônico nas transações. Nessa fase, atuam com os amoritas.
A conquista da Babilônia viria em 729 a.C., sob o reinado de Tiglath-Pileser III, também chamado de Teglatefalasar III, que viveu entre 746 a.C. a 727 a.C.. Sob o comando desse rei, os assírios chegaram a porção média do oriente, onde foram conquistados o reino de Urartu, em Ararat.
Foi no reinado de Sargão II, que os assírios conquistaram Israel. Sargão II viveu entre 721 a.C. e 705 a.C. e, entre as marcas de sua conquista esteve a deportação de 27 mil israelitas e a invasão da Síria, em 715 a.C..
O sucessor de Sargão II, Senaquerib (705 a.C. até 681 a.C.) foi o responsável pela transferência da capital para Nínive. Antes disso, a sede em Assur. Senaquerib ainda tentou conquistar Judá. Ele ordenou o cerco à cidade, fracassou e, quando retornou derrotado a Nínive, dois de seus filhos o assassinaram.
Em seu lugar passou a reinar o filho Esar-Hadom, chamado também de Assaradom e que viveu entre 681 a.C. até 669 a.C.. Assaradom expandiu o domínio assírio até o Nilo e se estabeleceu no Egito. Também reconstruiu a Babilônia que, durante certo período, foi a capital do império.
Religião
De idioma semita, os assírios eram politeístas e acreditavam em deuses que simbolizavam o Sol e os planetas. Por conta da religião, demonstravam conhecimento na astronomia. Na base religiosa, o deus Sol era representado como um soberano déspota e com uma vida farta.
Abaixo do deus Sol estavam os servos, representados como comerciantes.
Economia
A economia assíria era baseada no saque e nos tributos adquiridos na guerra. Os povos conquistados passavam a ser tratados como servos. Também atuavam de maneira rudimentar a agricultura e o comércio.
Arte
A arte assíria era marcada pelo realismo, com baixos relevos e demonstrando a vocação bélica e da caça. As representações eram figuradas em baixo relevo na cerâmica, em tapetes e joias.
Utilizavam a escrita cuneiforme inscrita em ladrilhos de argilas e, ainda, em murais.
Fontes: InfoEscola(Por Gabriela E. Possolli Vesce)
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