quarta-feira, 25 de outubro de 2017


                                  O Mito da caverna!


    imagens internet.

                                          Significado:

   O Mito da caverna é uma metáfora criada pelo filósofo grego Platão, que consiste na tentativa de explicar a condição de ignorância em que vivem os seres humanos e o que seria necessário para atingir o verdadeiro “mundo real”, baseado na razão acima dos sentidos.
   Também conhecida como Alegoria da Caverna ou Parábola da Caverna, esta história está presente na obra “A República”, criada por Platão e que discute, essencialmente, a teoria do conhecimento, linguagem e educação para a construção de um Estado ideal.
   O Mito da Caverna é um dos textos filosóficos mais debatidos e conhecidos pela humanidade, servindo de base para explicar o conceito do senso comum em oposição ao que seria a definição do senso crítico.
   Segundo o pensamento platônico, que foi bastante influenciado pelos ensinamentos de Sócrates, o mundo sensível era aquele experimentado a partir dos sentidos, onde residia a falsa percepção da realidade; já o chamado mundo inteligível era atingido apenas através das ideias, ou seja, da razão.
   O verdadeiro mundo só conseguiria ser atingido quando o indivíduo percebesse as coisas ao seu redor a partir do pensamento crítico e racional, dispensando apenas o uso dos sentidos básicos.
   Nesta narração, Platão nos convida a imaginar uma caverna onde dentro existem humanos que nasceram e cresceram dentro dessa mesma caverna. Eles nunca saíram, porque se encontram presos no seu interior. Os habitantes da caverna estão de costas voltadas para a sua entrada. Fora da caverna, existe um muro alto que separa o mundo exterior da caverna. Os homens existentes no mundo exterior mantêm uma fogueira acesa, e os ruídos que fazem podem ser ouvidos dentro da caverna. De igual forma, as suas sombras são refletidas na parede no fundo da caverna, e os seres humanos acorrentados, vêm as sombras e pensam que elas são a realidade.

                                
                                    O Mito da Caverna 


   De acordo com a história formulada por Platão, existia um grupo de pessoas que viviam numa grande caverna, com seus braços, pernas e pescoços presos por correntes, forçando-os a fixarem-se unicamente para a parede que ficava no fundo da caverna.
   Atrás dessas pessoas existia uma fogueira e outros indivíduos que transportavam ao redor da luz do fogo imagens de objetos e seres, que tinham as suas sombras projetadas na parede da caverna, onde os prisioneiros ficavam observando.
   Como estavam presos, os prisioneiros podiam enxergar apenas as sombras das imagens, julgando serem aquelas projeções a realidade.
   Certa vez, uma das pessoas presas nesta caverna conseguiu se libertar das correntes e saiu para o mundo exterior. A princípio, a luz do sol e a diversidade de cores e formas assustou o ex-prisioneiro, fazendo-o querer voltar para a caverna.
   No entanto, com o tempo, ele acabou por se admirar com as inúmeras novidades e descobertas que fez. Assim, quis voltar para a caverna e compartilhar com os outros prisioneiros todas as informações e experiências que existiam no mundo exterior.
   As pessoas que estavam na caverna, porém, não acreditaram naquilo que o ex-prisioneiro contava e chamaram-no de louco. Para evitar que suas ideias atraíssem outras pessoas para os “perigos da insanidade”, os prisioneiros mataram o fugitivo.




                      Interpretação do Mito da Caverna



   Para Platão, a caverna simbolizava o mundo onde todos os seres humanos vivem, enquanto que as correntes significam a ignorância que prendem os povos, que pode ser representada pelas crenças, culturas e outras informações de senso comum que são absorvidas ao longo da vida.
   As pessoas ficam presas a estas ideias pré-estabelecidas e não buscam um sentido racional para determinadas coisas, evitando a “dificuldade” do pensar e refletir, preferindo contentar-se apenas com as informações que lhe foram oferecidas por outras pessoas.
   O indivíduo que consegue se “libertar das correntes” e vivenciar o mundo exterior é aquele que vai além do pensamento comum, criticando e questionando a sua realidade.
   Assim como aconteceu com seu mestre, Sócrates, que foi morto pelos atenienses devido aos seus pensamentos filosóficos que provocavam uma desestabilização no “pensamento comum”, o protagonista desta metáfora foi morto para evitar a disseminação de ideias “revolucionárias”.
   O Mito da Caverna mantém-se muito contemporâneo nas diversas sociedades ao redor do mundo, que preferem permanecer alheios ao pensamento crítico (seja por preguiça ou falta de interesse) e aceitar as ideias e conceitos que são impostos por um grupo dominante, por exemplo.

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sábado, 14 de outubro de 2017

                                        "ZEUS: O DEUS DOS DEUSES"!

   "O principal deus da mitologia grega é ZEUS, deus dos trovões, senhor do Olimpo. Ele é considerado, na Grécia Antiga, o deus dos deuses. O nome ZEUS, em grego, significa “rei divino”. ZEUS era filho mais jovem do casal de titãs Cronos e Rea".

     Zeus: deus grego
     Imagem internet


   Zeus , o deus da mitologia grega, senhor dos homens e supremo mandatário dos deuses que habitavam o monte Olimpo. A imagem de Zeus era representada por um homem forte, barbudo, de aspecto majestoso, com um raio na mão e uma águia a seu lado.
   Zeus, senhor dos deuses e dos homens, surgiu na Grécia Antiga numa época em que proliferaram vários deuses nos mitos tribais, como tentativa de explicar os fenômenos naturais ou como garantia de vitória nas guerras, de boa colheita, de sorte no amor etc. Zeus é filho de Cromos (o mais forte dos titãs) e de Rea, sua irmã.
   Diz a lenda que do casamento de Gaia (mãe terra) e Urano (céu) nasceram os titãs, ciclopes e gigantes, que personificavam as coisas grandes e poderosas da terra: montanhas, terremotos, furações etc. Cromos (o mais forte dos titãs), casou-se com sua irmã Rea e tiveram seis filhos. Zeus, Poseidon, Plutão, Hera, Héstia e Deméter.
   Temendo a rivalidade entre os filhos, Cromos os “devorou” logo ao nascer, exceto Zeus, que Rea escondeu numa caverna no bosque de Creta, e colocou uma pedra em seu lugar para ser devorada.         Entre outras lendas, Zeus teria sido criado por Melissa, que o alimentou com leite de cabra e mel.       Quando se tornou adulto, Zeus derrotou o pai e obrigou-o a ressuscitar seus irmãos. Libertou também os ciclopes da tirania de Cromos, e eles em recompensa deram-lhe as armas do trovão e do relâmpago.
   Zeus tornou-se senhor dos homens e supremo mandatário dos deuses que habitavam o monte Olimpo. Tinha o poder dos fenômenos atmosféricos e com sua mão direita mandava chuva para as plantações. Casou-se com sua irmã Hera (deusa protetora do casamento, da vida e da mulher), que também havia sido salva por sua mãe. Teve ainda muitas outras esposas, entre elas, Métis (deusa da prudência) e Têmis (deusa da justiça).
   Zeus tinha os seus súditos olímpicos e os mais famosos eram seus filhos, Febo, (deus do sol), Artêmis (deusa da lua e da caça), Hermes (alado mensageiro dos deuses), Ares (deus da guerra), Dionísio (deus do vinho e dos bacanais), Afrodite (deusa da beleza e do amor) e Palas Atena (deusa da sabedoria).
   Com Mnemosyne (deusa da memória), Zeus teve diversas filhas que eram musas semidivinas que os gregos também veneravam: Clio (musa protetora e inspiradora da história), Euterpe (da música), Talia (da comédia e da poesia), Melpômene (da poesia trágica), Erato (da poesia amorosa), Terpsícore (da dança e canto), Polimnia (da oratória e poesia sacra), Urânia (da astronomia) e Calíope (da poesia épica e da eloquência).
   A mitologia grega foi adotada por Roma quando a Grécia passou a fazer parte do Império Romano. Os deuses gregos se misturaram a outros já existentes. Júpiter, que tinha várias atribuições (era deus da cidade, do raio, do trovão) e diferentes nomes, segundo as funções, identificou-se com Zeus, pai dos deuses e senhor supremo do mundo.
   As ruínas do templo de Zeus Olímpico, dedicado a Zeus, com suas colunas monumentais estão localizadas no centro de Atenas, na Grécia. Construído no governo de Pisistrato, durante o século VI a. C., só foi terminado no ano 131 a. C., pelo Imperador Adriano.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

               A criação do mundo na Grécia Antiga


   "A criação do mundo sempre foi um problema para a mente humana e sua curiosidade insaciável. Os povos antigos, que não tinham informações sobre o assunto como nós, proveniente das Escrituras, tinham sua própria visão sobre o assunto.
   Para eles, antes de serem criados o mar, a terra e o céu, todas as coisas apresentavam um aspecto que se dava o nome de Caos – uma informa e confusa massa, na qual estavam latentes as sementes de todas as coisas. A terra, o mar e o ar estavam todos misturados, sem suas características de solido, liquido ou transparente. Deus e a Natureza interferiram nessa discórdia, colocando ordem nas coisas.
   A terra e o mar se separaram e ambos foram separados do céu. A parte ígnea, que era a mais leve, foi colocada no firmamento, o ar ficou em seguida, em relação ao peso e lugar. A terra, sendo mais pesada, ficou mais abaixo e a água ocupou o ponto mais inferior, fazendo a terra flutuar.
   Nesse momento, um deus não identificado, colocou as coisas em ordem na terra, determinando aos rios e lagos os lugares que ocupariam, levantou montanhas, cavou vales, espalhou bosques, fontes campos férteis e planícies árida. Ordenou aos peixes que tomassem posse do mar, às aves , do ar e aos quadrúpedes, que dominassem a terra.
   Após essa ordenação, tornou-se necessário a criação de um ser superior aos demais, e assim foi criado o homem. Não foi dito se o criador do homem utilizou materiais divinos, ou se na terra, recentemente separada dos demais elementos havia sementes celestiais ocultas.
   Prometeu, que era Titã, uma raça que habitou a terra antes do homem, foi indicado para essa criação e, tomando um pouco de terra e misturando com água, criou o homem á semelhança dos deuses, dando-lhe uma postura ereta, de modo que enquanto os outros animais têm o rosto voltado para a terra, o homem levanta a cabeça para o céu e olha as estrelas.
   Prometeu e seu irmão Epimeteu ficaram encarregados da criação do homem e dos demais animais e garantir-lhes as condições necessárias à sua sobrevivência. Dessa forma, Epimeteu deu a uns asas, a outros velocidade e a outros couraças de proteção, porém, quando chegou a vez do homem, os recursos tinham sido usados nos demais seres.
   Epimeteu com a ajuda de seu irmão Prometeu, pediu à Minerva (deusa da sabedoria) que os auxiliasse a concluir a criação do homem e Minerva concedeu-lhes o domínio sobre o fogo e este foi dado ao homem, o que fez com que este tivesse superioridade sobre as demais criaturas".

Fonte:
Bulfinch, Thomas, O livro de ouro da mitologia: (a idade da fábula): histórias de deuses e heróis – 9ª edição – Rio de Janeiro – Ediouro – 2000.
Arquivado em: Grécia Antiga, Mitologia Grega.